quarta-feira, 31 de março de 2010

R E M - "Everybody Hurts"

Este filme é para ser visto e revisto, tanto por pais como por filhos.
"Beber não combina com direção".


quinta-feira, 11 de março de 2010

Gatilhos emocionais

Landemir Pretto


A nossa reação emocional diante de situações negativas da vida depende muito do que guardamos do passado. Muitas vezes reagimos de uma forma intensa a determinadas situações quando temos consciência de que não deveríamos nos afetar tanto. Outras vezes nem temos consciência e achamos plenamente normal a nossa reação, que, aos olhos de terceiros foi desproporcional ao acontecimento.

A sua reação de hoje, pode ser, na verdade, uma reação a algo do seu passado. Algum medo ou sentimento negativo que ficou guardado, latente, e que é apenas reativado ou acordado quando uma situação semelhante ocorre no presente. Muda a época, os personagens, mas a reação emocional é a mesma. E quantas vezes isso acontece e nem temos idéia do verdadeiro motivo que ficou guardado lá trás. É o que eu chamo de acionar um gatilho emocional.

Vou dar um exemplo. Vamos supor que você tem um amigo que tenha “aprontado” algumas com você. Na primeira vez você relevou (mais ou menos...), na segunda vez que ocorreu algo semelhante você fingiu que deixou pra lá. Aí aconteceu uma terceira vez e você já falou de forma irritada. Depois, aconteceu uma pequena bobagem e você teve uma reação daquelas: xingou, brigou, cortou a amizade, gritou... Para quem assistiu de fora, sua reação foi anormal. Pra você que estava guardando tudo, o ultimo episódio foi a gotinha que faltava.

Nesse exemplo fictício é fácil entender a reação porque os eventos foram todos com a mesma pessoa. Fica claro que a raiva foi sendo a acumulada e foi descontada no amigo causador do sentimento. O problema é que na vida também acontece da gente acumular de uma pessoa e descontar em outra. Fazemos transferências de sentimentos. Acumulamos da infância na relação com os pais e irmãos, e descontamos no marido, no amigo mais próximo, na namorada e etc. Sofremos a rejeição dos pais, e transferimos o medo para o relacionamento quando nos casamos.

Quando o marido criticava a minha cliente ou não a aprovava, um gatilho emocional era acionado trazendo a tona os sentimentos lá da infância: o medo de ser rejeitada e abandonada pela mãe. Coisa estranha, sem lógica. Mas quem disse que agimos de forma lógica e racional? Nosso comportamento é muito emocional.


Landemir participa do Programa ABC da Mulher
na RÁDIO ABC900 todas as terças feira,
das 20 às 21:30 hs