quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

CARÊNCIA MÚTUA

Detém-te a refletir nos companheiros cansados, tristes, desiludidos, desencorajados, abatidos ou exaustos que te cruzam a estrada e distribui com eles a paz e a renovação.
Qual acontece com os outros, tens igualmente a tua obra a realizar e a porta do auxílio abre-se de dentro para fora.
Se alguém precisa de ti, também precisas de alguém.
Dar sempre será o melhor processo de receber.

Livro
Rumo Certo
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
FEB – Federação Espírita Brasileira

PARA REFLETIR

Um homem chegou em casa tarde do trabalho, cansado e irritado encontrou o seu filho de 5 anos esperando por ele na porta.

Pai, posso fazer-lhe uma pergunta?

O que é? - respondeu o homem.

Pai, quanto você ganha em uma hora?

Isso não é da sua conta. Porque você esta perguntando uma coisa dessas? - o homem disse agressivo.

Eu só quero saber .. Por favor me diga, quanto você ganha em uma hora?

"Se você quer saber, eu ganho R$ 50 por hora."

Ah..." o menino respondeu, com sua cabeça abaixada.

Pai, pode me emprestar R$ 25,00??

O pai estava furioso, "Essa é a única razão pela qual você me perguntou isso? Pensa que é assim que você pode conseguir algum dinheiro para comprar um brinquedo ou algum outro disparate? Vá direto para o seu quarto e vá para a cama. Pense sobre o quanto você está sendo egoísta.

Eu não trabalho duramente todos os dias para tais infantilidades!!!

O menino foi calado para o seu quarto e fechou a porta.

O homem sentou e começou a ficar ainda mais nervoso sobre as questões do menino. Como ele ousa fazer essas perguntas só para ganhar algum dinheiro?

Após cerca de uma hora, o homem tinha se acalmado e começou a pensar:

Talvez houvesse algo que ele realmente precisava comprar com esses R$ 25,00 e ele realmente não pedia dinheiro com muita freqüência. O homem foi para a porta do quarto do menino e abriu a porta.

Você está dormindo, meu filho? Ele perguntou.

Não pai, estou acordado, respondeu o menino...

Eu estive pensando, talvez eu tenha sido muito duro com você à pouco! afirmou o homem. "Tive um longo dia e acabei descarregando em você. Aqui estão os R$ 25 que você me pediu.

O menino se levantou sorrindo. "Oh, obrigado pai!" gritou. Então, chegando em seu travesseiro ele puxou alguns trocados amassados.

O homem viu que o menino já tinha algum dinheiro, e começou a se enfurecer novamente.

O menino lentamente contou o seu dinheiro , em seguida olhou para seu pai.

Por que você quer mais dinheiro se você já tinha? Gruniu o pai.

“Porque eu não tinha o suficiente, mas agora eu tenho", respondeu o menino.

"Papai, eu tenho R$ 50 agora. Posso comprar uma hora do seu tempo? Por favor, chegue mais cedo amanhã em casa. Eu gostaria de jantar com você."

O pai foi destroçado. Ele colocou seus braços em torno de seu filho, e pediu o seu perdão.

É apenas uma pequena lembrança a todos vocês que trabalham arduamente na vida. Não devemos deixar escorregar através dos nossos dedos o tempo sem ter passado algum desse tempo com aqueles que realmente importam para nós, os que estão perto de nossos corações. Não se esqueça de compartilhar esses R$ 50 no valor do seu tempo com alguém que você ama.

Se morrermos amanhã, a empresa para a qual estamos trabalhando, poderá facilmente substituir-nos em uma questão de horas. Mas a família e amigos que deixamos para trás irão sentir essa perda para o resto de
suas vidas.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

FREUD E A REALIDADE ESPIRITUAL

Ramatís — (...) Se Freud houvesse procurado identificar os conhecidos complexos da libido avançando numa psicoterapia pré-reencarnatória, ou seja, que abrangesse a entidade psíquica ligada a outras vidas anteriores, ele se teria aproximado imensamente das verdadeiras causas ou origens desses distúrbios ou anomalias psicológicas.

Pergunta — Poderíeis formular um exemplo acessível à nossa mente, a respeito de um ser humano com complexos pré-reencarnatórios?

Ramatís — O indivíduo que foi carrasco em vidas passadas estratifica no seu psiquismo a figura dantesca do cutelo sangrento, do cepo da guilhotina ou da sala de torturas; e pode manifestar um “complexo de culpa” freudiano, nas reencarnações futuras, ao defrontar, por exemplo, um açougue, o matadouro ou os instrumentos do açougueiro. A lei de afinidade ou correspondência vibratória desperta-lhe as ideias acessórias: o tronco onde o magarefe retalha os despojos animais pode associar-lhe o cepo sangrento da decapitação; um simples braseiro de churrascaria evoca-lhe a tortura do ferro em brasa. O seu espírito, já um pouco sensibilizado, pode ter melhorado em reencarnações posteriores às de carrasco, contudo, no seu subconsciente ainda se agita a censura ao verdugo do passado. É o “complexo de culpa” que não pode ser identificado nem definido pela psicoterapia que se restringe ao círculo de uma vida única.



Livro: A Vida no Planeta Marte e Os Discos Voadores

Hercílio Maes, pelo Espírito Ramatís

Editora do Conhecimento




Projeto Saber e Mudar

Aos poucos e sempre.

O ESPIRITISMO

Partindo do princípio que o objetivo de todo jornalísta ético e sensato é o de informar bem, com coerência, honestidade, dignidade e imparcialidade, preocupando-se sempre com o indispensável conhecimento da causa que leva a reportar, venho apresentar-lhes uma contribuição em cima de um assunto que muitos profissionais do jornalismo, embora bem intencionados, terminam cometendo equívocos lamentáveis, por uma inexplicável ignorância que compromete os seus nomes bem como o dos veículos por onde vinculam as suas matérias ou reportagens.

Falo com respeito ao assunto Espiritismo, tema este que invariavelmente é visto apenas no campo religioso, o que na verdade não é, e sobretudo, o que é mais lamentável, sempre enfo cado com afirmativas de conceitos absurdos, oriundos do "achismo" e também de uma cultura criada na cabeça das pessoas, pela intolerância e a desonestidade religiosa.

Não objetivo aqui defender crença ou fé nenhuma, porque não é isto que está em questão. Só quero mesmo prestar contribuição ao gigantesco segmento honesto do jornalismo acerca de uma coisa, como ela realmente é, para que ele esteja melhor informado, sem a menor pretensão de querer fazer com que nenhum profissional o aceite, concorde com os seus postulados e, muito menos, se converta.

Vamos aos assuntos:

Espiritismo não é igreja

Em princípio corrijam a conceituação inicial: Espiritismo não é simplesmente religião. Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião. Trata-se de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade, na lógica e na razão, apenas com conseqüências religiosas, haja vista que os seus adeptos ficam livres da submissão a qualquer religião, por não serem obrigados a coisa nenhuma e nem serem proibidos de nada. Há centros espíritas que se portam como se fossem igrejas, mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes, que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo ser algo muito acima disto.

Não existe "Kardecismo", existe "Espiritismo"

O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão "kardecismo", para identificar algo que ele imagina ser uma "ramificação" do Espiritismo, achando que Espiritismo é um "montão de coisas" que existe por aí, quando na realidade não é.

A palavra "Espiritismo" foi criada, ou inventada, como queiram, pelo senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina nova que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e que tem os seus postulados próprios.

Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se da denominação "Espiritismo", fora desta que se enquadre nos seus postulados, está utilizando-se indevidamente de uma denominação, mergulhando no campo da fraude. Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de "kardecismo", verdadeiramente é "Espiritismo".

Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm dúvidas, em achar que Candomblé, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas espiritualistas é Espiritismo, vai aqui uma pequena tabela, exemplificando algumas práticas de alguns segmentos, para apreciação daqueles que consideram relevante o uso da inteligência e do bom senso, a fim de um discernimento mais coerente e responsável. Veja quem adota e quem não adota o quê.

Procedimento, prática ou ritual

Umbanda - Catolicismo - Espiritismo


1. Uso de altares
Sim                    Sim                Não

2. Uso de imagens
 Simi                 Sim                 Não

3. Uso de velas
Sim                   Sim                 Não

4. Uso de incensos e defumações
Sim                    Sim                 Não

5. Vestimentas e paramentos especiais
Sim                    Sim                 Não

6. Obrigações aos seus praticantes
Sim                    Sim                 Não

7. Proibições aos seus praticantes
Sim                    Sim                 Não

8. Ajoelhar-se, sentar-se e levantar-se em seus cultos
Sim                    Sim                Não

9. Bebidas alcoólicas em seus cultos
Sim                   Sim                 Não

10. Sacerdócio organizado
Sim                   Sim                 Não

11. Sacramentos
Sim                  Sim                  Não

12. Casamento religioso e batizados
Sim                  Sim                  Não

13. Amuletos, patuás, escapulários e penduricalhos
Sim                  Sim                  Não

14. Hinos e cantarolas nos cultos
Sim                  Sim                 Não

15. Crença na existência de satanás
Sim                  Sim                 Não

Como pode, então, um profissional que tem a obrigação de estar bem informado, poder afirmar que Espiritismo e Umbanda são a mesma coisa? Não seria mais coerente dizer que tem mais semelhanças com o Catolicismo, embora não seja também a mesma coisa?

O espírita não tem a menor pretensão de diminuir ou desvalorizar o adepto da Umbanda que, por sua vez, tem também a sua denominação própria que é Umbanda, e não Espiritismo, apenas quer deixar claro que Espiritismo é Espiritismo e Umbanda é Umbanda, assim como Catolicismo é Catolicismo, Protestantismo é Protestantismo.

A afirmativa que alguns fazem, em dizer que tudo é a mesma coisa, com a diferença de que na Umbanda se reúnem negros e pobres e no tal "Kardecismo" se reúnem o que chamam de elites, é extremamente leviana, desonesta e irresponsável. O Espiritismo não faz qualquer discriminação de raças, cor ou padrão social, já que em seu movimento existem inúmeros negros, mulatos, brancos e de todas as etnias.

Allan Kardec não inventou o Espiritismo

Allan Kardec não inventou, ou criou, Espiritismo nenhum. A proposta veio de Espíritos, através de manifestações espontâneas, consideradas como fenômenos, na época, e ele, que nada tinha a ver com aquilo, foi convidado por alguns amigos para examinar e analisar os tais fenômenos, em suas casas, oportunidade em que foi convidado, pelos Espíritos, pela sua condição de pedagogo e educador criterioso, a organizar aqueles ensinamentos em livros e disponibilizar para a humanidade.

Ele foi tão honesto e consciente de que a obra não era de sua autoria, que evitou colocar o seu nome famoso na Europa antiga (Denizard Rivail) como autor dos livros e preferiu utilizar-se de um pseudônimo. É bom que se saiba que o tal professor Rivail era autor famoso de livros didáticos e que tudo o que aparecia com seu nome vendia muito, não apenas na França como em toda a Europa.

Atentem para o detalhe: Os Espíritos optaram por um pedagogo, um professor, e não por um padre, um religioso, o que nos convida a entender que o Espiritismo é escola e não igreja.

Sobre a reencarnação

Não é patrimônio exclusivo do Espiritismo e não foi inventada pelo Espiritismo, posto que é algo conhecido pela maior parte da humanidade, por milênios, muito antes do Espiritismo, que tem apenas 151 anos de idade.

O espírita, depois de estudar a reencarnação, não crê na reencarnação, ele passa a SABER a reencarnação, o que é diferente. Exemplificando: Você crê que a Lua existe ou você sabe que ela existe? Afinal, você pode vê-la e comprovar, inclusive cientificamente? É isto aí.

Portanto a afirmativa de que os espíritas crêem na reencarnação é infantil e sem sentido.

Sobre a mediunidade

Também não é patrimônio exclusivo e nem foi inventada pelo Espiritismo. É uma faculdade humana normal e independe de crença religiosa, já que a pessoa pode possuí-la, com maior ou menor intensidade, acredite ou não. O Espiritismo apenas se dispõe a estudá-la, educar e disciplinar as pessoas que a possuem, para que o seu uso possa ser benéfico a elas e aos outros, absolutamente dentro dos elementares padrões de moralidade. Segundo os postulados espíritas ela não deve ser comercializada, nunca, e deve ser utilizada gratuitamente; todavia é praticada comercialmente em alguns lugares do mundo, por pessoas que são médiuns, inclusive honestas, mas nada sabem sobre Espiritismo, numa comprovação de que ela existe fora do meio espírita.

Qualquer afirmativa do tipo que "alguém tem mediunidade e precisa desenvolver" é vinda de pessoas inconseqüentes, mesmo algumas que se auto rotulam espíritas, posto que o Espiritismo propõe que a faculdade deve ser educada e não desenvolvi da.

Sobre o caráter do centro espírita

É um local que deve atuar como escola e não como igreja. A sua proposta é de estudos, sobretudo da matéria que trata da reforma íntima das pessoas, dando ciência do papel de cada um de nós na terra, da nossa razão de existir enquanto criaturas úteis ao nosso próximo, esclarecimento da nossa condição espiritual no presente e no futuro e, principalmente, a nossa conduta moral.

Recomenda a prática da Caridade, sim, mas de forma ampla no sentido de orientar e informar aos outros sobre os meios de libertações dos conflitos, das amarguras, das incompreensões e do sofrimento em si e não esse entendimento estreito de que Caridade se resume apenas a dar prato de sopa ou roupas usadas para pobres, para qualificar o doador como bonzinho.

Adota Jesus, sim, inclusive como o maior modelo e guia que temos para seguir, concebendo o seu Evangelho como a bula coerente a nos conduzir, e nã o como sendo ele o próprio Deus.

Enfim. O centro espírita é um local de estudo e não de rezação.

Sobre quem é reencarnação de quem

Recentemente vimos um jornalista afirmar, nas páginas da VEJA, que os espíritas juram que Fulano é reencarnação de Ciclano, o que se constitui em um absurdo. Em princípio espírita não adota jura nenhuma. Segundo, que não consta da atividade espírita a preocupação de quem é reencarnação de quem, uma vez que esta discussão é irrelevante, não tem razão nenhuma, não acrescenta absolutamente nada na proposta espírita para a criatura humana, em que pese alguns espíritas, apenas alguns, (nem todos entendem bem a proposta da doutrina) se ocuparem com esse tipo de discussão.

Falar em quem é ou talvez possa ser reencarnação de quem, é conversa amena de momentos de descontração de espíritas, apenas em nível de curiosidade ou especulação, jamais tema de estudo sério da ca sa espírita.

Ainda que possa existir, em alguns locais de estudos mais profundos e pesquisas espíritas, interesses em trabalhar as questões da reencarnação, os estudiosos apenas sugerem que fulano possa ser a reencarnação de alguém, mas nunca afirmam, apesar de evidências marcantes e inquestionáveis, quando a condução da pesquisa é séria e criteriosa.

Quem anda dizendo que é a reencarnação de reis, de rainhas e de personagens poderosas do passado não são os espíritas, são apenas alguns bobos que estão no Espiritismo sem consciência do seu papel.

Apologia ao sofrimento

Matérias de revistas e jornais, dentro deste equívoco que nos referimos, chegaram a afirmar, diversas vezes, que o Espiritismo ensina as pessoas a serem acomodadas em relação ao sofrimento e até chegarem a dizer que o sofrimento é bom.

Não condiz com o coerente ensinamento do Espiritismo. Se algum espírita chega a dizer isto, certamente é vítima do masoquismo e, provavelmente, deve praticar um ritual em sua casa, quando, talvez uma vez por semana, colocar a mão sobre uma mesa e dar uma martelada em seu dedo.

Sofrimento não é condição fundamental para a evolução de ninguém, embora entendemos que, ao passar por ele, muitas pessoas terminam acordando para a realidade da vida e mudando de conduta, sobretudo no campo do orgulho, do egoísmo e da presunção.

Mesa branca

Não existe espiritismo mesa branca, alto espiritismo, baixo espiritismo ou qualquer ramificação do Espiritismo, que é um só.

O hábito de forrar mesas com toalhas de cor branca, na maioria dos centros espíritas, nada mais é que um hábito de alguns espíritas, de certa forma até equivocados também, uns talvez achando que a cor branca da toalha ou das roupas das pessoas tem algum significado virtuoso, quando na verdade não existe esta orientação no Espiritismo.

Muito pelo contrário, seria preferível utilizar toalhas (por que tem sempre que ter toalhas nas mesas?) de outras cores, posto que tecidos em cor branca tem maior facilidade de sujar.

Portanto a citação de "espiritismo mesa branca" é mais uma expressão da ignorância popular, o que não se admite nos jornalistas.

Terapia de vidas passadas

Não é procedimento espírita, em que pese ser recomendável em alguns casos, porém em consultórios de profissionais especializados, geralmente psicólogos ou médicos. É fato, existe, é comprovado, tem resultados cientificamente respaldados, mas não é prática espírita.

Cromoterapia, piramidologia, etc...

Se alguém usa uma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita, é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte culinária, corte e costura, curso de inglês, informática ou o que quiser, que são atividades úteis, sem dúvidas. Mas não tem a ver diretamente com o Espiritismo.

Sucessor de Chico Xavier

Isto nunca existiu no Espiritismo, em que pese vários jornalistas terem colocado em matérias diversas, quando o Chico Xavier "morreu", e ainda repetem, talvez querendo estabelecer alguma comparação do Espiritismo (que vêem apenas como religião) com a Igreja Católica, que tem sucessores dos papas, quando morrem. Chico Xavier nunca foi uma espécie de papa, de cardeal ou de qualquer autoridade eclesiástica dentro do movimento espírita.

Divaldo Pereira Franco nunca foi sucessor do Chico, nunca teve essa pretensão, ninguém no movimento espírita fala nisto, que é coisa apenas de páginas de revistas desinformadas sobre o que verdadeiramente é o Espiritismo.

A sua relação com a Ciência

Faz parte da formação espírita a seguinte recomendação:

"Se algum dia a Ciência c omprovar que o Espiritismo está errado em algum ponto, cumpre aos espíritas abandonarem imediatamente o ponto equivocado e seguirem a orientação da Ciência".

Mas isto não quer dizer que o que afirma determinadas criaturas, como o padre Quevedo, que se apresenta presunçosamente como cientista, deva ser entendido como Ciência, já que ele não é unanimidade e nem ao menos aceito pela maioria dos cientistas coisa nenhuma. Ele é padre, nada mais do que padre, com um tipo de postura que não é aceita nem pela maioria do seio católico, quanto mais pelo científico. Não é à pseudo-ciência ou a opiniões pessoais de um ou outro elemento, que se diz de Ciência, que o Espiritismo se submete, com esta recomendação, é a Ciência, como um todo, em descobertas inquestionáveis.

Até agora a Ciência não conseguiu apontar e muito menos comprovar erro em um ensinamento espírita, sequer. Se alguém exige, por exemplo, querer provas por parte dos que afirmam que existe vida fora da Terra, por questão de bom senso deve ter também provas de que não existe. Será que tem?

Medicina e Espiritualidade

Alguns médicos, tradicionalmente, sempre afirmaram que os problemas de saúde das pessoas nada tem a ver com problemas espirituais, porque estes se resumem a crendices. Hoje existe um curso de "Medicina e Espiritualidade", oficial, dentro da USP (Universidade de São Paulo), a maior Universidade do País, onde são estudados estes questionamentos que alguns continuam a dizer que são crendices.

Como informação, sugerimos que os jornalistas se interessem em reportar sobre este assunto, sem que vá aqui a menor intenção de querer converter ninguém. Não se trata de questão religiosa, trata-se de questão científica. Para melhor informação, as aulas deste curso podem ser vistas no site: www.redevisao.net. O telefone da Pineal Mind, onde são m inistradas as aulas, é (11) 3209-5531 / (11) 3209-5531 e o e-mail é faleconosco@uniespirito..com.br onde poderão ser obtidas maiores informações sobre o curso. Toda sexta-feira, às 19 horas, tem aula ao vivo, pelo site, numa webtv.

Diante de todo o exposto sugerimos que os grandes veículos de comunicação de massa, obviamente comprometidos com a credibilidade dos seus nomes, repassem estes esclarecimentos aos seus profissionais de jornalismo, não necessariamente para que eles sejam simpáticos à idéia espírita, já que ninguém é obrigado a aceitar coisa nenhuma, mas para, pelo menos, não comprometerem as suas honorabilidades dizendo mentiras, leviandades e até se expondo ao ridículo reportando sobre um assunto que não entendem.



"Quando não puder mais acreditar nos seus sonhos, acredite no seu coração"
 
(ps.: não tenho o nome do autor deste texto)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Vamos rir um pouco - Diário de uma motorista

QUERIDO DIÁRIO...

5 de janeiro:
Passei no exame de direção!
Posso agora dirigir o meu próprio carro, sem ter que
ouvir as recomendações dos instrutores, sempre dizendo:
'Por aí é sentido proibido!', 'Vamos sair da contra-mão!',
'Olha a velhinha!', 'Freia! Freeeeia!', e outras coisas
do gênero.
Nem sei como agüentei estes últimos dois anos e meio...

8 de Janeiro:
A Auto-Escola fez uma festa de despedida para mim!
Fiquei muito emocionada!
Os instrutores nem sequer deram aulas!
Um deles disse que ia à missa...
Julgo que vi outro com lágrimas nos olhos e todos
disseram que iam embebedar-se, para comemorar.
Achei simpática a despedida mas penso que a minha
carteira não merecia tal exagero.
Eles foram muito generosos! Umas gracinhas mesmo!

12 de Janeiro:
Comprei meu carro e, infelizmente, tive que
deixá-lo na concessionária para substituir o
pára-choque traseiro pois, quando tentei sair,
engatei marcha-a-ré ao invés da primeira.
Deve ser falta de prática! Também...há uma
semana que não dirijo...

14 de Janeiro:
Já tenho o carro.
Fiquei tão feliz ao sair da concessionária,
que resolvi dar um passeio.
Parece que muitos outros tiveram a mesma
idéia, pois fui seguida por inúmeros automóveis,
todos buzinando como num casamento.
Para não parecer antipática, entrei na brincadeira
e reduzi a velocidade de 10 para 5 km por hora.
Os outros gostaram e buzinaram ainda mais.
Foi muito legal...

22 de Janeiro:
Os meus vizinhos são impecáveis.
Colocaram posters avisando em grandes letras
'ATENÇÃO ÀS MANOBRAS' e marcaram, com tinta branca
fluorescente, um lugar bem espaçoso para eu
estacionar e, para minha segurança e conforto,
proibiram os filhos de sair à rua enquanto
durassem as manobras. Penso que é tudo para
não me perturbarem.
Ainda há gente boa neste mundo...

10 de Fevereiro:
Os outros motoristas têm hábitos estranhos.
Além de acenarem muito, estão sempre gritando.
Não escuto nada, por estar com os vidros
fechados, mas parece que querem dar informações.
Digo isto porque julgo ter percebido, através
de leitura labial, um deles dizendo:
'Vai para casa '.
Não sei como ele adivinhou para onde eu ia!
Acho isso espantoso.
De qualquer modo, quando eu descobrir onde
fica o botão que desce os vidros, vou tirar
muitas dúvidas.

19 de Fevereiro:
A Cidade é muito mal iluminada.
Fiz hoje meu primeiro passeio noturno e
tive de andar sempre com o farol alto aceso,
para ver direito. Todos os motoristas com quem
cruzei pareciam concordar comigo, pois também
ligaram o farol alto e alguns chegaram mesmo
a acender outros faróis que tinham. Só não
percebi a razão das buzinadas.
Talvez para espantar algum bicho. Sei lá.

26 de Fevereiro:
Hoje me envolveram num acidente.
Entrei numa rotatória e como tinha muito carro
não quero exagerar mas deviam ser, no mínimo,
uns quatro!), não consegui sair.
Fui dando voltas bem juntinho ao centro, à
espera de uma oportunidade, de tal forma
que acabei por ficar tonta e bati no
monumento no centro da rotatória.
Acho que deviam limitar a circulação nas
rotatórias a um carro de cada
vez.

3 de Março:
Estou em maré de azar. Fui buscar o carro
na oficina e, logo na saída, troquei os
pés, acelerando fundo em vez de frear.
Bati num carro que ia passando, amassando
todo o lado direito.
O motorista , por coincidência,era o
inspetor que me aprovou no exame de
direção. Um bom homem, sem dúvida.
Insisti em dizer que a culpa era minha,
mas ele educadamente, não
parava de repetir para si mesmo:
'É tudo minha culpa! É tudo minha culpa!
Que Deus o perdoe!'

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A VITÍMA

     Hoje em dia parece que virou costume, passar os outros para trás. Todos querem levar vantagem sobre os outros. Há uma epidemia de corruptos por toda a parte. Não basta os ladrões, assassinos e arruaceiros que proliferam a nossa sociedade.
     Somos lesados à toda hora. Todos os dias ao fazermos as nossas compras no supermercado pagamos impostos nas mercadorias. E se, descuidarmos, levaremos para a nossa mesa, mercadorias ruins, prazos de validade vencidos e um preço exorbitante. Parece que não tem jeito mesmo.
     Se bobearmos nos passam a perna. Toda atenção é pouco. Nos adultos devemos mudar esse sistema. Posso dizer que somos culpados por essa proliferação de desonestos. Se todos, unirmo-nos em uma campanha acirrada, embora demorada, com certeza em longo prazo diminuiremos muito esse mal que nos aflige e nos causa tanto mal.
     Certo dia me preparei para ir a um médico. Estava com problema de pele. Pelo telefone marquei consulta com uma médica dermatologista. Claro, sendo uma mulher eu caprichei no visual. Após o banho coloquei um perfume que só uso em caso especial e coloquei uma roupa de morrer. Como se diz no ditado popular "fiquei *nos trinques".
     O meu carro também estava legal, estava lavado e perfumado. Até parece que eu ia visitar a namorada. Doente também pode ficar bonito. Quero dizer, bonito nunca fui, a gente pode melhorar um pouco. Como morava nos arrabaldes e a consulta seria no centro, certamente teria que ir de carro.
     Chegando no centro da cidade já fui assediado por um flanelinha. Sem que pedisse ele já se escalou para cuidar do meu carro. Não pude contestar, visto que já estava atrasado. Fui forçado aceitar o serviço desse esperto cuidador de carro. Não demorou nem um minuto, quero dizer, caminhei meia quadra quando fui abordado por um pedinte. Este me pegou de bom humor, já marchei com dois *pilas.
     Chegando no consultório tive que pagar mais uma taxa e lá se foi mais doze reais. Isto porque tenho um plano de saúde, mas essa taxa é normal segundo a secretária dessa clínica. Tudo bem! Até porque fui prevenido monetariamente. O bom ou ruim não sei mesmo o que vou dizer referente à doutora porque ela era linda, muito bonita mesmo.
     O chato era que ela me mandou tirar a roupa, para me examinar. Fiquei realmente muito envergonhado, visto que eu sou feio com roupa e muito mais sem roupa. O fato é que, quando fui me despir, caiu do bolso das s calças várias moedas. Olha! Naquela época essas moedas valiam muito. Por isso fiquei eu, pelado de quatro, catando as moedas espalhadas pelo consultório. A doutora ficou rindo do meu jeito. Tudo bem, pelo menos eu catei todas, não deixei nenhuma para ela. O que adiantou eu vestir a melhor roupa, visto que ela queria mesmo, é me ver nu, sem roupas.
     Que médica danada!
     Vira de costa, vira de frente, de lado, ela examinou praticamente todo o meu corpo. Eu parecia uma mercadoria da feira, sendo examinado por uma exigente dona de casa. A minha cara ficou vermelha de vergonha e ela não estava nem aí.
     Por fim veio o diagnóstico, mas antes vesti a roupa. Nada grave, não contagioso mas difícil de curar totalmente. Foram essas as palavras dessa competente doutora.
     Esta profissional aviou uma receita, na qual hávia apenas um remédio, uma pomada. Teria que passar três vezes ao dia. Tudo bem, após as despedidas, fui comprar na farmácia o dito medicamento.
     Para minha surpresa a pomada era bem pequenina, tinha apenas 10 gramas de conteúdo. A surpresa maior era o preço, mais de cincoenta reais custava a tal pomada. A malvada doença estava espalhada pelo meu corpo, olha que eu sou pesadinho (bota pesadinho nisso). Praticamente esse medicamento não daria nem uma semana. Então comprei a danada e comecei a usar apenas uma vez por dia, para economizar o bolso, quero dizer a pomada.
     Claro, usando assim eu economizei, mas pouco adiantou o tratamento. Fiquei a mesma coisa no que se refere a doença de pele. Todos os meses eu marchava com esse caro medicamento e assim foi passando os meses. Babosa e álcool me ajudavam um pouco nesse tratamento caseiro, porém barato.
     Passou um ano e essa tal pomada subiu para quase setenta reais. Aí foi uma paulada no bolso desse pobre e enfermo contribuinte. Mas tudo bem, embora o meu salário não tenha subido nada, tinha que tirar a grana do trago e do churrasco para conseguir comprar essa malvada pomada.
     Assim foi passando o tempo, diminui a minha cerveja, o meu churrasco, para continuar comprando o meu remédio, o qual não estava adiantando nada. Mas também como iria adiantar, se eu estava fazendo errado esse tratamento.
     Um belo dia, o farmacêutico me disse que tinha um medicamento igual que custava menos da metade do preço, e outra coisa, este continha o dobro de pomada. Era o tal de “Genérico”.
Mas que coisa , eu não sabia que existia esse tal medicamento. Ninguém me avisou. Não sei quem culpar, se a médica, o farmacêutico ou eu mesmo.
     Só sei dizer que tive um grande prejuízo durante muito tempo. Fiquei economizando o meu trago, o meu jogo de sinuca, quase sem o meu churrasco semanal e ainda mais, não melhorei patavina de nada.
     Mas graças a Deus estou vivo, sem dor e tocando a vida até quando o nosso Pai Celestial quiser.
     Para encerrar essa história eu vou dizer uma coisa para você leitor. Eu sou mais uma vítima deste sistema inadequado e injusto.

     * nos trinques = bonito
     * pila = reais

A PARTIDA

      Na década de 70, do século 20, na cidade de Porto Alegre , Fernando e sua família moravam numa humilde casa, em um bairro afastado dessa grande cidade. Ele veio do interior do Estado para tentar a vida na capital. Aqui conheceu a sua companheira, casaram-se e tiveram uma filha. Lúcia era o nome, uma linda menina.
      Fernando tinha nessa época, 28 anos e sua esposa 23 anos e viviam na mais completa felicidade. Eram pobres, humildes mas muito trabalhadores. Ela fazia uns bicos, lavando para fora, em quanto ele, era um excelente pedreiro.
      Fernando apesar da idade, já tinha muita experiência nesse ramo de construção. Uma casa de alvenaria, ele sabia construir do alicerce até o telhado. Encanamentos, fiação de eletricidade e madeiramentos da cobertura, não era problemas para ele.
      Esse competente trabalhador, nessa grande metrópole foi em seguida contratado por uma firma como empreiteiro de obra. Era um pequeno edifício que ele teria que prestar serviço como responsável pela mão de obra. Ele ficou contente com a promoção e com o seu salário.
      Fernando e Maria Helena eram muito religiosos. Rezavam constantementes, sempre agradecendo á Deus, pela vida, pela saúde, pelo emprego e pela proteção dos anjos da guarda. Aos domingos eles iam a igreja para assistirem a missa. A bela Lúcia veio completar a felicidade dessa família.
      Este empreiteiro de obras, em seguida comprou um carro. Era o seu primeiro automóvel, um Volkswagen usado, mas inteiro e bonito. Tudo ia bem para essa família. Agora ele tinha uma condução para ir aos fins de semana para a praia. Eles gostavam muito de ir ao litoral, principalmente no verão.
      A sua moradia seria a próxima meta para esse casal. O casamento, a casa própria, um filho e um carro era os sonhos desse bom homem. Este, aos poucos ia conquistando, sempre com a ajuda da sua fiel companheira.
      Trabalho era que não faltava para esse competente profissional. O seu patrão, um jovem engenheiro que gostava muito dele, já tinha avisado, que tinha pegado outra grande obra nessa capital.
      O destino estava sendo benevolente com eles, e estes, agradeciam todos os dias essa boa vida que estavam levando. Deveras, eles eram sem dúvida, merecedores dessa vida digna e promissora. Estavam fazendo por merecer. Mas nem sempre é assim. Muitos são dignos trabalhadores e não tem a sorte de conseguir um trabalho, uma casa ou uma família. As vezes o destino é adverso com certas pessoas, causando muitas dificuldades com elas.
      Certo dia, mais precisamente uma sexta feira de noite, Fernando com a sua família, resolvem passar o fim de semana no litoral. Maria Helena rapidamente arrumou todas as coisas para esperar o marido pronta. Ela estava contente, pois sempre gostou de praia. A pequena Lúcia de um ano apenas parecia entender o que estava esperando. Ela sorria constantemente para a sua adorada mãe. Certamente puxou a sua mãe pois ela gostava de andar de carro e de praia. Apesar de estar caminhando a pouco tempo ela já gostava de brincar na areia.
      Estava dia ainda, apesar dos relógios marcarem 19:00 horas, quando Fernando chegou de carro, para imediatamente partirem para a cidade litorânea do estado de Santa Catarina. A viagem era um pouco longa visto que ele era acostumado a ir na praia do seu estado. Agora eles iam para outro lugar mais longe. Esta viagem estava prevista um tempo de aproximadamente umas quatro horas. Na verdade este motorista não tinha muita prática em viagem longa. Esta era a primeira, mas ele era muito cauteloso. O seu carro estava bom e certamente chegaria no seu objetivo tranqüilo.
      Eles então partiram. O relógio de pulso dele marcava 19 horas e 45 minutos quando já estavam quase saindo de Porto Alegre. A mãe estava sentada no banco da frente com a sua filha no colo. Ele faceiro da vida cantarolava uma canção proveniente do rádio. Apesar de ele ir devagar mas com pouca demora já estavam saindo do seu estado e entrando em Santa Catarina.
      A noite estava estrelada, a lua brilhava, ostentando a sua beleza para a alegria dos enamorados. O vento sul soprava discretamente fazendo com que a noite fosse maravilhosa e refrescada por esta aliada brisa. Tudo indicava que o dia seguinte seria de um intenso calor. O fim de semana preludiava ser magnífico para colaborar com os veranistas.
      Voltando a comentar a viagem dessa bonita família. Eles descansavam depois de se alimentarem em um bar de beira de estrada já em outro estado. Faltava aproximadamente uma hora para chegar no seu destino final. A pequenina Lúcia adormeceu no colo da sua progenitora. A dedicada mãe acomodou a mesma, no banco de trás do carro. Ela colocou alguns travesseiros em redor da garota para proteger de alguns solavancos ou freadas bruscas , se por ventura acontecer.
      Assim eles iniciaram a viagem de ida para a praia catarinense. Volta e meia a mãe olhava para observar a sua querida filha.
     Falta pouco querida! Daqui a pouco estamos lá! Falou o marido motorista, sorrindo para a sua bela esposa.
     Tudo bem! Não corre muito! Respondeu a companheira Maria Helena.
      Já fazia poucos minutos que eles estavam em viagem. A estrada estava muito movimentada. Muitos carros e caminhões transitavam rápidos nessa estrada perigosa. Fernando estava atento no volante do seu pequeno automóvel, apesar de ser estreante em rodovias movimentadas.
      Maria Helena acende a luz interna do carro e olha mais uma vez para sua querida filha.
     Fernando ela está sorrindo dormindo! Comentou a dedicada mãe.
      Está tão pálida! Tornou a comentar Maria Helena apagando a luz interna do veículo.
Meu Deus! Que luz forte nos meus olhos! Falou o apavorado Fernando.
      Estas foram as últimas palavras ditas pelos tripulantes desse fatídico carro. Nesse exato momento um caminhão desgovernado que vinha em sentido contrario invade a pista do Fuca e bate do lado do pequeno carro.
      O carro de Fernando abalroado pelo caminhão capota várias vezes saindo fora da pista. O caminhão também capota em cima da pista sendo ainda colhido por outro carro pequeno. Foi tudo rápido. O Volkswagen de Fernando ao capotar injeta para fora o casal, pois os mesmos tinham esquecidos de colocarem os cintos de seguranças.
      Maria Helena bate a cabeça e perde os sentidos. Fernando rola pelo o asfalto, mas em seguida se levanta meio tonto. O seu carro imediatamente pega fogo e explode no acostamento para o desespero do motorista Fernando. Ele ainda tenta entrar no carro em chamas para salvar a sua querida filha. Este então foi contido pelas pessoas que estavam agora no local. Nada se podia fazer depois que explodiu o pequeno carro.
      Rapidamente chegam no local do acidente, viaturas policiais e ambulâncias para socorrer os feridos. Fernando tentava desesperadamente a chegar perto do seu carro em chamas. Foi preciso os policiais a força tira-lo de perto do carro incendiado. Maria Helena ainda desacordada foi levada para dentro da ambulância. Seu marido também ferido, foi levado para a mesma ambulância, e rapidamente deslocaram-se para o hospital da cidade mais próxima. Outros feridos também foram socorridos em outra ambulância.
      O engenheiro Ramos, patrão do Fernando foi avisado e este avisa os parentes do seu empregado. Esse bom homem viaja para o local onde está internado o seu empregado e sua esposa. Ramos então assume as despesas com o hospital e fica na cidade para assessorar o desenrolar do acidente.
      Dois dias depois, ambos acidentados deram altas do hospital. Agora já juntos dos familiares na cidade de Porto Alegre, dão inicio ao enterro da sua filha querida. No cemitério, na hora da derradeira despedida a mãe fica desesperada, chorando copiosamente, não se conformando com a morte prematura de seu nenê. Ela grita, dizendo que é culpada pela morte da sua filha. Os familiares dessa mãe desesperada ajudam a conter o desatino dessa mulher. Fernando também, foi preciso o apoio dos familiares e amigos para poder suportar tamanha dor.
      Depois de muito choros e lamentações a inocente criança em um pequeno caixão lacrado foi depositada em um túmulo do cemitério. Parecia que desabou o mundo na cabeça desse desafortunado casal.
      O engenheiro Ramos deu umas férias adiantada para o fiel colaborador Fernando. Na verdade o bondoso patrão disse que se em trinta dias ele não tivesse em condições de trabalhar, poderia ficar mais dias, até estar apto para o serviço. Ramos sabia que essa dor de perda de seu ente querido era doloroso. Mas o tempo é remédio para tudo. Isso um dia iria passar.
      Depois de trinta dias do acontecido, o fiel empregado já estava trabalhando na grande construção. Até por que o trabalho ajuda a esquecer a grande perda. Maria Helena não estava conseguindo se conformar com a perda da sua filha. Ela chorava todos os dias. Abraçava nos brinquedos e nas roupas da sua filha e chorava. Ela dizia em voz alta que era culpada pela morte da sua filha. Não adiantava os familiares ou amigas dizer que era uma fatalidade.
      - Minha filha sofreu muito ao morrer queimada ! Ela não merecia morrer sofrendo desse jeito ! Ela é um inocente! Por que Deus fez isso com ela?
      Isso era que essa pobre mãe dizia todos os dias para as pessoas que tentavam acalma-la. O tempo foi passando e ela continuava com esse martírio.
      Seis meses se passaram. Fernando estava mais conformado pois trabalhava muito na obra e ao chegar em casa queria descansar apesar das lamentações da sua esposa. Maria Helena estava definhando pois pouco se alimentava. Parece que o sofrimento dela não tinha mais fim.
      Ela perdeu a vontade de viver e se maldizia. Culpava-se dizendo que essa morte horrível não era para uma criança tão inocente. O marido tentava consola-la, mas estava difícil. Deixou de ser religiosa e criticava Deus por ser tão injusta com ela.
      Certo dia de manhã essa jovem mãe saiu para a rua para caminhar. Era nove horas, o dia estava bonito pois nesse sábado havia um sol maravilhoso. Ao chegar em uma praça que fica a duas quadras da sua casa, ela parou e sentou-se em um banco. Ainda triste, chorando baixinho começou a observar as crianças brincando nos balanços e no escorregador. Estas estavam fazendo grande algazarras se divertindo, também brincando de pega pega. Ali havia também alguns pais observando a faceirice dos seus filhos.
      A desafortunada mãe , contemplando aquelas lindas crianças, sentada sozinha nesse banco da praça baixou a cabeça e começou a chorar. Nesse meio tempo um velho maltrapilho com um saco nas costas pediu licença e sentou-se ao lado da inconformada mãe. O saco velho parece que estava pesado pois o mesmo tirou das costas e colocou no chão perto dos pés dele. Ela meio desconfiada olhou para aquele velho barbudo e mal arrumado e disse:
     Sinto muito meu bom homem, mas não tenho nada para lhe dar!
      A senhora tem sim! Eu quero algo que a senhora tem muito e vai dar para mim Respondeu o velho.
     Não estou te entendendo! Respondeu Maria Helena.
      A senhora poderia me dizer por que está tão triste e chorando desse jeito ? Perguntou o velho enjerido.
      Maria Helena meio sem jeito olhou para que velho e sentiu uma paz inesperada. Sentiu uma sensação de conforto, segurança e de alívio. Porém mais calma passou a contar a sua historia para esse desconhecido velho.
      Este ouviu atentamente a história dessa mãe. Ela não viu que o seu marido estava algum tempo observando-a sentada no banco da praça. Ele não se animou a ir até ela, se limitou a olhar e fazer uma pequena oração para a recuperação da sua companheira.
      Nesse meio tempo, passa uma vizinha conhecida e amiga da mãe inconformada. Esta então ao passar pela amiga cumprimenta-a.
     Bom dia Maria Helena! Tudo bem contigo? Perguntou a vizinha.
      Tudo bem! Respondeu Maria Helena ao levantar a cabeça para ver quem estava cumprimentando.
      Esta vizinha e amiga, depois de cumprimentar a Maria Helena continuou a caminhar em direção á um armazém.
     A Maria Helena não está bem da cabeça! Ela estava falando sozinha! Coitada dela! Pensou a amiga.
      Depois de cumprimentar e abanar para a sua vizinha ela continuou a falar com o bondoso velho. Este depois de ouvir toda a história dessa desafortunadaa mãe, começa a explicar o porquê de tudo isso.
     A tua filha nesse momento está muito bem! Ela está na maior felicidade junto com os Anjos! Lá não existe dor e nem tristeza! Ela está alheia as coisas negativas e desagradáveis oriundas desse mundo!
      Assim este sábio homem começou a explicação e respondendo as perguntas dessa pobre mãe.
      - Quando na hora do acidente, você olhou para a sua filha, a pequena Lúcia já tinha acabado de partir com dois anjos emissários. Essa criança ao ver os dois lindos anjos, sorriu para eles e juntos saíram voando do carro em direção ao céu. No rosto da bela menina ficou um sorriso, naquele corpo já sem serventia. Isso aconteceu alguns segundos antes do acidente. Esta criança portando não sentiu nada de dor, pois o seu espírito já estava longe do seu invólucro. O acidente e o fogo não causaram sofrimento nenhum nessa criança predestinada.
      - Mas isso não é comum acontecer. São raros os casos em que o espírito sai antes do corpo ao se confrontar com um caso mortal. Os dois Anjos saíram de mãos dadas com ela, antes de acontecer esse lamentável e fatídico acidente. Portanto ela não sofreu nada. O ciclo dela se fechou, e estava na hora de partir.
      - Quanto a maneira que ela desencarnou, devido esse acidente horrível, teve algumas causas.
      - Primeiro, foi por que você tinha que passar por essas coisas, para resgatar dívidas passadas.
      - Segundo, por causa dessa péssima estrada. Um acidente grave de proporções como esse, chamaria a atenção do governo. Este certamente haverá de tomar algumas providência. Consertando essa estrada, deverá evitar de acontecer outros acidentes. Com isso menos pessoas seriam feridas ou mortas. É o velho ditado popular "há males que vem para o bem". Continuou explicando o velho homem.
      - Quanto ao motorista do caminhão, também tinha que passar por isso. Ele está bem, se recuperou. O caminhão não era dele, mas tanto o veículo como a carga estavam no seguro e com isso os prejuízos forão ressarcidos. O dono da empresa teve apenas contra tempos, nada que pudesse ser resolvido em pouco tempo. A empresa não decaiu com isso.
     
Quanto a você mãe! Não deves mais chorar ou ficar triste por causa da perda da sua filha! Estava na hora dela partir! Você cumpriu a sua tarefa de amá-la e cuidá-la! Falou com sabedoria o velho amigo.
     Vou colocar no meu saco velho todas as tuas angústias e tristezas referente a este caso! Vou embora com essas coisas adversas tirada de você e despejar no rio, que o levará para o mar! Falou o homem amigo.
      Há! Tem outra coisa para te falar! Tu vais ter, em menos de um ano um filho e depois outros! Estes viverão muito tempo e te darão muitas felicidades! È a tua missão amá-los e cria-los e juntos serão felizes! Terminou de falar o amigo desconhecido, depois de cumprir a sua missão.
      Depois disso, o velho maltrapilho levantou-se, colocou o saco nas costas, porém agora mais pesado, deu um beijo na testa da sua ouvinte e saiu a passo. Logo em seguida o velho sumiu misteriosamente.
      Maria Helena ficou impressionado com as explicações desse velho sábio. Uma calma, uma sensação de bem estar tomou conta dela. Ela estava bem, parece que o mal estar que ela sentia foi embora. Parece que um grande peso saiu de suas costas e foi parar no saco velho que o bom homem carregava.
      Nesse momento Fernando chega perto da sua amada, beija-a no rosto e senta ao lado dela. Ele pergunta se ela está bem. Ela responde que sim. Depois da conversa que teve com o velho maltrapilho ela esta muito bem.
     Que velho meu amor? Tu estavas sentada sozinha! Não vi ninguém conversando contigo! Explica o dedicado marido.
     Mas estava sentado do meu lado um velho estranho mas muito bondoso! Tem certeza que ele não estava do meu lado conversando comigo? Pergunta assustada.
      Sim! Tenho certeza disso! Pois fiquei um tempão observando tu falar sozinha! Pelo jeito estas bem! Falou Fernando meio preocupado.
      Maria Helena conhecia bem o seu marido e ele nunca mentiu para ela. Se ele disse que ela estava sozinha, é porque realmente ele não viu ninguém sentado conversando com ela.
      Logo depois eles conversaram um pouco, levantaram do banco da praça e saíram caminhando abraçados em direção a sua casa. Ela estava radiante, diante das explicações do misterioso homem.
     Vamos para casa meu amor! Estou com muita fome! Falou a esposa abraçando fortemente o seu marido.
     Claro! Vou te preparar um bom café! Respondeu o feliz marido ao sentir-se abraçado pela recuperada esposa.
      O tempo passou depressa depois disso. Fernando ficou muito feliz com a total recuperação da sua esposa, ainda mais com a notícia da gravidez dela. Esta família feliz, estava prestes a ser aumentada por uma menina, que nasceria em breve.
      O velho emissário tinha razão. Fernando e Maria Helena tiveram mais filhos, conseguiram comprar a sua casa própria e posterior um lindo carro. A felicidade, a prosperidade e a paz passaram a fazer parte daquela linda família. Com certeza por muitos anos.



A PERTUBAÇÃO

    Quase toda noite Carol despertava de madrugada e chorava forte. Sua mãe apesar de ser muito dedicada, não conseguia acalmá-la. Carolzinha chorava e gritava:

     - Vô...Vô...Vô.. e com os braços estendidos, caminhava rapidamente para o colo do seu avô. Seu avô nessas alturas já estava em pé no corredor da casa para esperá-la.

     Isso estava acontecendo de uns tempos para cá. O bom deste fato, é que esta criança (quase 2 anos), se acalmava rapidamente no colo desse amoroso avô.

     As preces fervorosas e as cantigas evocando sempre os Anjos da Guarda para a proteção desta criança aflita, era cantarolada por este religioso senhor. Acreditava ele que suas orações resolveria a situação.

     Na verdade dava certo, pois em um instante Carolzinha dormia nos braços do seu avô e era devolvida para a sua mãe. Outras vezes ele colocava-a junto da avó, a qual ajeitava com todo carinho em sua cama.

     Nessa noite de 12 de julho de 2008, mais precisamente a 01:40 h, não foi diferente. Pelo menos ele achava que era igual às noites passadas.

     Um choro forte e constante proveniente da pessoa mais amada da casa fez com que rapidamente ele se acordasse e punha-se em pé. A aflita mãe não conseguia acalmá-la. Ele acendeu a luz da cozinha para clarear a casa e foi pegar a Nenê no colo para acalma-la como de costume apesar do choro forte da criança.

     Mas o fato é que este dedicado avô não estava conseguindo acalmar a sua neta. O choro era alto, e a avó também se acordou. As fraldas foram trocadas imediatamente. Nada estava adiantando , pois ela chorava alto e constante. O avô embalava e rezava em voz alta para que esta criança parasse de se debater e chorar.

     Um mal estar rapidamente tomou conta deste dedicado avô. Calafrios, arrepios e vontade de chorar, se manifestou nesta pessoa.

     De repente, um inesperado grito (alto) foi dado. Era a mãe do nenê, que chorando, correu para os braços da sua mãe que estava orando em sua cama.

     Ela disse que viu uma pessoa estranha passando do quarto dela para a cozinha. Carolzinha no colo do se avô chorava muito. Na sala, este avô, rezava fervorosamente em voz alta.
Mãe e filha abraçadas no quarto, rezavam muito. Parece que não estava adiantando, pois o choro do nenê continuava insistentemente.

     Depois de uns minutos passados a Carolzinha se acalmou nos braços de seu avô e parou de chorar. Por sua vez também a sua mãe também parou de chorar, mas sempre abraçado na sua progenitora (avó do nenê).

     A criança já dormindo, agora já nos braços da avó era abençoada por esta segunda mãe. Posterior todos sentados no sofá da sala, a vidente mãe explicou melhor o que ela viu.

     Era uma pessoa de quatro pé que se arrastava pela casa, indo do quarto para a cozinha. Era de cor cinza e de aspecto horripilante.

     Muitas preces foram feitas por essa família. Os Anjos da Guardas foram solicitados para guarnecer e proteger essa casa pelo dedicado avô. Pouco tempo depois, a paz foi restabelecida.

     Obrigado meu Pai pela proteção destes bons Anjos da Guarda. Que eles sempre estejam por perto de nos. Que eles não deixem que estes espíritos sem luz possam nos prejudicar.

Amém!